segunda-feira, 9 de junho de 2008

Nagoya


Mais um voo para a terra do sol nascente! Dessa vez foi Nagoya.

Cheguei no hotel no finzinho da tarde e, como de praxe, foi tomar um banho e sair pra comer. Fui com mais oito pessoas da tripulação a um restaurante perto do hotel pra comer o tal do Okonomiyaki de novo. Oito pessoas de diferentes partes do mundo (nenhuma do Japão) tentando se comunicar com uma garçonete que mal falava inglês foi um tanto interessante. Ela tinha aquele jeitinho tímido japonês, mas cada palavra de inglês que ela conseguia dizer vinha acompanhada de um esforço grande, várias palavras em japonês e alguns gritinhos de empolgação quando a gente entendia o que ela dizia.

Depois de um tempo considerável fazendo o pedido, veio a iguaria. Diferentemente do restaurante em Osaka, vieram os ingredientes separados, e nós, tentando seguir as instruções do folheto que estava na mesa, preparamos nós mesmos os nossos pratos. Misturamos os ingredientes e jogamos a mistura no centro da mesa, que tinha uma chapa quente elétrica. Ficou com uma aparência meio estranha, mas até que ficou gostoso!

No dia seguinte, saí cedo do hotel com mais duas meninas da tripulação e fomos de metrô em direção ao castelo de Nagoya. Fácil tomar o metrô por lá, e eis uma coisa que me surpreendeu: o metrô em Nagoya tem placas de sinalização em japonês, em inglês e em português!! Eu sabia que tinha muitos brasileiros vivendo lá (tanto que a Emirates tornou obrigatório ter um falante de português nos vôos pra Nagoya), mas por isso eu não esperava!

Depois do castelo, pegamos o metrô novamente e fomos ao templo de Nagoya. Chegamos bem na hora de um dos cultos, e ouvimos os monges entoando as rezas, as pessoas oferecendo incenso e rezando, um movimento de entra-e-sai constante. Era domingo, dia de descanso, e muitas pessoas estavam naquela área.

Saindo do templo começamos a andar por uma área comercial, algo que parecia uma galeria bem comprida, com lojinhas por todos os lados vendendo desde kimonos até as roupas mais alternativas que um jovem Nihonjin possa usar. E qual não foi a minha surpresa quando eu vejo, no meio de tantas cores e desenhos, uma grande bandeira verde e amarela na porta de um restaurantezinho cujo cardápio incluia feijoada e arroz com feijão e bife! Me senti mais perto de casa lá que no Oriente Médio, que é geograficamente mais perto...

Saindo da galeria, andamos em direção ao hotel e, no caminho, paramos em uma daquelas lojas de 100 yens (igual às lojas de R$1.99 de São Paulo). Impressionante como podem vender tanta tranqueira em um lugar só. Lá se encontram desde maquiagem até lingerie, artigos para a casa, artigos de papelaria, brinquedos, comida etc.

Depois das comprinhas, finalizamos o dia com um almoço. Finalmente consegui comer sushi e sashimi no Nihon! E sim, é uma delícia! O gohan é diferente, e os produtos são fresquinhos. Não que a comida japonesa na Liberdade não seja boa, mas lá é melhor!

É interessante observar o movimento nas ruas de Nagoya. As pessoas respeitam os semáforos, respeotam as faixas de pedestres, Muitos se locomovem de bicicleta. E não somente jovens ou jovens adultos, mas idosos também. E as ruas são extremamente organizadas, com ciclovias, semáforos e sinalizações claras. Depois de um ano morando em Dubai, onde não há calçadas e o trânsito parece uma colcha de retalhos, com motoristas indianos, paquistaneses e egípcios, caminhar pelas ruas de Nagoya foi revigorante.